O cardeal Leonardo Ulrich Steiner, de 74 anos, natural de Forquilhinha, no Sul de Santa Catarina, é apontado como um dos favoritos ao conclave que ocorre nesta quarta-feira (7). Atualmente, ele exerce a função de arcebispo metropolitano de Manaus, no Amazonas.
Dom Leonardo foi proclamado cardeal em 2022 pelo Papa Francisco. Ele é um dos oito cardeais brasileiros com direito a voto e possibilidade de eleição no conclave. Entre os brasileiros elegíveis, três são catarinenses, e o nome de Steiner tem se destacado como potencial sucessor do pontífice.
Conhecido por sua atuação voltada à região amazônica, o cardeal é chamado por alguns de “guardião da Amazônia” e tem se posicionado publicamente em defesa dos povos indígenas e de questões ambientais. Essas características têm sido interpretadas como alinhadas à linha pastoral adotada por Francisco desde o início de seu papado.
Durante a pandemia de Covid-19, Dom Leonardo teve participação ativa na resposta da Igreja em Manaus, coordenando ações voltadas à população em situação de rua, imigrantes e pessoas em vulnerabilidade. Segundo dados da Vigilância em Saúde de Manaus, mais de 14 mil pessoas morreram em decorrência da doença na capital amazonense. Na ocasião, o Papa Francisco chegou a entrar em contato com a comunidade local para expressar solidariedade.
O cardeal catarinense ingressou na Ordem dos Frades Menores (O.F.M.) em 1976 e foi ordenado sacerdote dois anos depois. Estudou filosofia e teologia em Petrópolis (RJ) e concluiu licenciatura e doutorado em filosofia pela Pontifícia Universidade Antonianum, em Roma.
Em sua trajetória eclesiástica, foi nomeado bispo prelado de São Félix (MT) em 2005, bispo auxiliar de Brasília em 2011, e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) entre 2011 e 2019. No mesmo ano, foi nomeado arcebispo de Manaus, e, em 2022, elevado ao cardinalato.
O conclave que acontece nesta quarta-feira reúne cardeais de todo o mundo para escolher o próximo líder da Igreja Católica, em processo que ocorre tradicionalmente a portas fechadas, na Capela Sistina, no Vaticano.