O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, concedeu na noite do último domingo (1º) um perdão “total e incondicional” ao seu filho, Hunter Biden.
A decisão elimina a possibilidade de uma sentença de prisão relacionada a acusações federais de compra ilegal de arma e sonegação fiscal de aproximadamente US$ 1,4 milhão.
Em comunicado, Biden justificou a decisão alegando que Hunter foi “processado seletiva e injustamente” e afirmou que as acusações foram motivadas por questões políticas. “Espero que os americanos compreendam por que um pai e um presidente tomariam essa decisão”, declarou o presidente.
Histórico das acusações
Hunter Biden foi condenado em junho deste ano por três crimes relacionados à compra de uma arma em 2018, quando teria mentido em um formulário federal ao declarar que não usava drogas. Ele também enfrentava acusações na Califórnia por não pagamento de impostos entre 2017 e 2018, tendo admitido culpa em troca de redução de pena.
As penas para as infrações poderiam alcançar até 42 anos de prisão, embora as diretrizes federais sugerissem penas mais brandas. As audiências de sentença, previstas para dezembro, foram canceladas após o perdão presidencial.
Repercussão
Advogados de Hunter notificaram os juízes responsáveis pelos casos sobre o perdão, solicitando o encerramento das acusações. Em declaração por e-mail, Hunter Biden agradeceu a medida e reafirmou ter assumido a responsabilidade pelos erros cometidos durante o período mais grave de seu vício.
O perdão ocorre semanas antes de Donald Trump, adversário político de Joe Biden, assumir novamente a presidência. Durante a campanha, Trump frequentemente utilizou as questões legais de Hunter Biden para criticar a família do atual presidente. O presidente eleito Donald Trump não pode revogar a decisão do atual presidente.
Com o perdão presidencial, Hunter Biden não enfrentará mais processos relacionados às acusações.