Um recente levantamento conduzido pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) expôs uma preocupante lacuna no preparo das cidades brasileiras para lidar com catástrofes naturais. Conforme os dados coletados, 3.590 prefeituras, de um total de 5.570 municípios do país, participaram da pesquisa intitulada “Emergência Climática”, realizada entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024.
Os resultados revelam que uma expressiva maioria, equivalente a 68% das administrações municipais, admitiu não estar devidamente preparada para enfrentar o aumento de eventos climáticos extremos. Em contrapartida, apenas 22,6% afirmaram possuir algum nível de preparação para tais eventualidades.
Alarmantemente, 6% das prefeituras informaram não ter conhecimento sobre as previsões de eventos climáticos que poderiam afetar suas regiões, enquanto 3,4% optaram por não responder.
O estudo avaliou o preparo das cidades contra eventos climáticos extremos, considerando a elaboração de planos para redução de impactos ambientais, a implementação de medidas estruturais para enfrentar emergências e a capacidade de captação de recursos. No entanto, os resultados mostram que 43,7% dos municípios não possuem um setor ou profissionais dedicados a monitorar diariamente e em tempo real as áreas com risco de desastres.
A pesquisa da CNM também considerou medidas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, como a elaboração de planos para reduzir os impactos ambientais e a captação de recursos para ações de prevenção. No entanto, os resultados demonstram que ainda há um longo caminho a ser percorrido pelas cidades brasileiras para se tornarem mais resilientes aos efeitos da crise climática.
Por João Petrazzini - Rádio Pomerode.